Verme causador da meningite pode estar na salada, saiba mais:

O perigo escondido nos caramujos: a ameaça da meningite eosinofílica

Você já imaginou que algo tão pequeno quanto um caramujo pode ser responsável por uma doença grave? Pois é exatamente isso que está acontecendo. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram o verme Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica, em caracóis, lesmas e no temido caramujo africano em 26 cidades do Rio de Janeiro.

Mas como isso pode afetar você?

O parasita pode infectar humanos quando ingerimos alimentos contaminados com o muco desses animais. Verduras, frutas e outros alimentos podem carregar larvas invisíveis a olho nu, tornando o risco ainda maior do que se imagina.

O que é a meningite eosinofílica?

Essa condição rara, mas perigosa, ataca o sistema nervoso e pode causar sintomas como:

• Dor de cabeça intensa
• Febre alta
• Rigidez na nuca
• Complicações neurológicas graves, podendo levar à morte

No Brasil, já foram confirmados cerca de 40 casos da doença, incluindo uma morte recente em Nova Iguaçu, em 2024.

Como se proteger desse parasita?

A boa notícia é que a prevenção é simples. Veja algumas medidas eficazes para evitar a infecção:

✔ Lave bem os alimentos – Frutas e verduras devem ser lavadas em água corrente e deixadas de molho em uma solução de água com hipoclorito de sódio.

✔ Evite contato direto com moluscos – Se encontrar caracóis ou lesmas, use luvas para manuseá-los.

✔ Nunca consuma moluscos crus ou mal cozidos – Eles podem estar infectados e transmitir a larva do parasita.

Curiosidades sobre o caramujo africano

• Foi introduzido no Brasil como substituto do escargot, mas se tornou uma praga ambiental.
• Pode crescer até 20 cm e colocar até 400 ovos por vez.
• Além de transmitir o parasita, compete com espécies nativas e prejudica o meio ambiente.

Conscientização é a chave

A Fiocruz alerta sobre a importância da educação sanitária para evitar a propagação desse perigoso parasita. A vigilância epidemiológica precisa ser intensificada para evitar novos casos e conter a disseminação da doença.

Manter-se informado e adotar hábitos de higiene são as melhores defesas. Compartilhe essa informação com quem você se importa e ajude a espalhar conhecimento, não o parasita.